Sistema de bloqueio de celulares irregulares inicia testes no dia 22 em Goiás e no DF

Para aumentar a segurança dos usuários, devem ser implementadas medidas que impeçam a adulteração de IMEI de aparelhos furtados ou ilegais

Brasília, 16/02/18 – As prestadoras dos serviços de telefonia móvel iniciam no 22 de fevereiro os testes do sistema de bloqueio dos celulares irregulares. Nessa primeira fase, que ocorrerá no Estado de Goiás e no Distrito Federal, será avaliada a eficácia do sistema. Além dessa iniciativa, o setor defende que sejam adotadas outras medidas para o combate ao mercado irregular de telefone celular, reforçando a segurança dos aparelhos, no processo de fabricação, para evitar que sejam adulterados ou tenham o seu código de identificação (IMEI) modificado ou clonado.

Para o SindiTelebrasil, os aparelhos não homologados devem ser retirados progressivamente do mercado, contribuindo para uma melhoria de qualidade no uso das redes e para o usuário final. No caso de celulares sem certificação, muitas vezes são aparelhos de baixa qualidade, que não foram submetidos a testes.

Existe também, um mercado paralelo de aparelhos celulares, que têm origem em roubo ou furto. Muitos desses aparelhos estão em operação porque passaram por um processo de fraude, tendo o IMEI adulterado ou clonado de um celular regular. Hoje, o aparelho roubado ou furtado somente possui valor no mercado paralelo porque a clonagem do IMEI é fácil. A manutenção dessas vulnerabilidades somente incentiva esse tipo de ação clandestina.

As prestadoras combatem, há muitos anos, a utilização de aparelhos roubados e extraviados e têm aperfeiçoado o controle dos equipamentos utilizados em suas redes. Desde o ano 2000, as empresas mantêm em funcionamento o Cadastro de Estações Móveis Impedidas (CEMI), banco de dados que registra o número de IMEI do celular bloqueado por furto, roubo e extravio, impedindo que ele seja usado por outra pessoa. Mas, a fragilidade técnica acaba permitindo que o bloqueio seja burlado, ao alterar o IMEI do aparelho para um número válido. Essa é uma falha que só pode ser corrigida na origem, na fabricação dos equipamentos, implantando mecanismos de segurança, que impeçam a adulteração.

O roubo e fraude dos aparelhos celulares é um problema mundial. No Brasil, deve haver um esforço conjunto do governo, do órgão regulador, dos fabricantes de aparelhos celulares e das prestadoras de telefonia celular para que haja evolução nas tratativas deste problema e no combate a esse mercado irregular.

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